NAS ESQUINAS DO MUNDO:viagens,cidades,cultura e muitas fotografias

Construir e duplicar rodovias e viadutos não é a solução para Brasília.É preciso investir em educação de trânsito, e na conscientização da população de que é preciso deixar o carro em casa sempre que possível.
e se tivermos uma boa malha de transporte público de qualidade, eficiente e barato, a população usará mais o metrô e o ônibus.
A cereja do chantilly seria a criação de uma cultura da ciclovia, da bibicleta e do transporte solidário,a antiga "carona".Por que não?
Já acontece em grandes centros urbanos do mundo.No Brasil me parece que é também uma questão cultural, daí a importância em autoridades e população investirem na criação dessa nova cultura, através de campanhas educativas e de cursos de formação em segurança de trânsito e em direção defensiva, por exemplo.


Especialista mundial de trânsito vem a Brasília e se assusta com o que vê


Ariadne Sakkis
Publicação: 07/07/2011 08:00 Atualização: 07/07/2011 10:57





Pere Olivella circula pelas pistas do Distrito Federal e aponta vários erros que podem ser corrigidos no trânsito nosso de cada dia


Quando se descreve Brasília, é quase impossível dissociar a cidade do conceito de modernidade. Mas sob a ótica da engenharia e segurança do trânsito, a capital federal está longe do que é considerado moderno atualmente. Passados 51 anos desde que foi erguida, a cidade criada por Juscelino Kubitschek adquiriu problemas típicos de lugares que não tiveram a mesma chance de se planejar. A cada dia, o que se vê são mais engarrafamentos e vias manchadas pelo sangue das vítimas que perderam a vida no trânsito. Só no ano passado, foram 413 acidentes que terminaram em 461 mortes.

Nem Brasília nem o Brasil podem se dar ao luxo de contar tantos mortos e evitar discutir mudanças fundamentais para melhorar o transporte e torná-lo mais seguro. A visão é de Pere Navarro Olivella, diretor-geral de Trânsito da Espanha, que recentemente esteve na cidade para explicar como conseguiu reduzir em 57% o número de mortes em estradas espanholas. A convite do Correio, o especialista conheceu alguns pontos críticos do Distrito Federal. Ficou surpreso com o que viu pelas vias da capital: incontáveis carros, excesso de velocidade, tímida fiscalização, pouco acesso ao transporte público e quase nenhuma facilidade para o pedestre.

“No século passado, o carro era o protagonista; portanto, as cidades eram desenhadas para ele. Hoje, o protagonista é o pedestre, o cidadão. O projeto de Brasília não é moderno nesse sentido”, decreta. Para que o DF se enquadre no aumento substancial de veículos nas ruas — que já somam mais de um milhão — a decisão de sucessivos governos tem sido a criação de novas vias e o alargamento de outras, a exemplo da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), que se tornou um martírio principalmente para os pedestres. “Se você planta pistas, colhe carros. Esse plano não resolve nada. É preciso repensar o modelo de transporte e dar alternativas para que a população nem sequer queira pegar o carro”, argumenta Olivella.



Projetos

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) desenvolve uma série de propostas para tentar desafogar pontos nevrálgicos como a Saída Norte, que liga o Plano Piloto a Planaltina e Sobradinho e dá acesso ao Lago Norte. Diariamente, centenas de motoristas enfrentam congestionamentos quilométricos para sair de casa e voltar do trabalho. Está sendo elaborado um projeto de um anel de triagem próximo à Ponte do Braguetto, que contará com mais duas novas pontes paralelas. Como o local é uma junção entre uma rodovia distrital e uma federal, o projeto é feito em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e deve ser orçado até o fim do ano.

A EPTG foi reformada com o adicional de faixas exclusivas para ônibus especiais com abertura pelos dois lados para operar conforme aprovado no Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade. A licitação de 1,2 mil novos ônibus, incluindo 900 de modelo especial, foi anunciada no início do mês passado. O mesmo modelo de faixa exclusiva será usado na Linha Amarela — entre o Gama e Santa Maria — e na Saída Norte, entre Sobradinho e Planaltina. As obras de adaptação são financiadas pelo governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento 2.

Ainda assim, a compra de carros e obras de infraestrutura impressionam pouco os especialistas. “Comprar mil ônibus não resolve”, diz Otávio Cunha, que comanda a diretoria executiva da Associação Nacional de Empresas de Transportes Urbanos (NTU). Para ele, as pistas exclusivas são boas opções, mas precisam fazer parte de um sistema integrado de transporte.

“Falta decisão política de priorizar o transporte público. Vivemos uma grave crise de mobilidade no país. Mas temos condições especiais para resolver isso sem maiores traumas. É preciso reformular toda a rede de transporte atual. Aplicar um plano diretor de transporte que envolva o Entorno”, avalia Cunha. “Brasília tem uma situação especial, privilegiada, para não ter que chegar ao caos. A cidade está perdendo a oportunidade de se tornar uma vitrine”, afirma.





MEDIDAS ACERTADAS

O diretor Pere Navarro Olivella conta que a série de ações que reduziram o número de fatalidades na Espanha partiu da fiscalização rigorosa, tanto por meio de radares como por patrulhamento, e da abertura de espaço para dar voz às famílias de vítimas de trânsito. Um dos pilares para a queda do número de mortos no trânsito naquele país foi o aumento significativo dos testes de alcoolemia em motoristas. “Em 2003, cerca de 2 milhões de pessoas fizeram o teste (de alcoolemia). No ano passado, 5,5 milhões de condutores passaram pelo exame de consumo de álcool”, afirma Olivella. A ideia é reduzir o sentimento de impunidade.





Risco diário nas travessias


A empregada doméstica Sandra dos Santos, 33 anos, mora no Recanto das Emas e há um ano trabalha em uma apartamento na 411 Sul. Para chegar ao serviço, ela pega um ônibus lotado até a parada da 111 Sul, no Eixo W, e atravessa 15 faixas de rolamento nas pistas para chegar ao Eixo L. “Fico preocupada todas as vezes que passo por aqui, mas é o jeito. As passagens subterrâneas ficam longe e não existe segurança”, completou.

Assim como Sandra, outros brasilienses tentam driblar a falta de infraestrutura para pedestres nas vias do Distrito Federal. O Correio percorreu ontem o Eixo Monumental, a Estrada Parque Taguatinga (EPTG), a avenida comercial do Sudoeste e flagrou várias pessoas que arriscam a vida na travessia dessas pistas. No início da tarde, a reportagem também encontrou uma mulher atropelada na Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig), na altura da Quadra 6 do Setor de Indústrias Gráficas (SIG).

Segundo o sargento da Polícia Militar Genival Sorares, a empregada doméstica Sueli Divino Garcia, 41 anos, tentou cruzar a via enquanto o semáforo para pedestres estava vermelho. O motorista do carro, Angelo Cleto, 28, acionou os bombeiros e ela foi transportada consciente para o Hospital de Base.

Somente nos quatro primeiros meses do ano, o Departamento de Trânsito (Detran) registrou 49 atropelamentos fatais no Distrito Federal — dois casos a cada cinco dias. A imprudência parte dos motoristas e também dos próprios pedestres. Ontem, por exemplo, no Eixo Monumental, sentido Congresso Nacional, um motociclista furou a sinalização e quase atingiu algumas pessoas que saíam da Rodoviária do Plano Piloto.

Infraestrutura

Para Paulo César Marques, especialista em engenharia de tráfego e professor da Universidade de Brasília (UnB), os governantes precisam começar a pensar nos pedestres, pois Brasília foi planejada prioritariamente para o deslocamento de veículos. “Se as autoridades tivessem o hábito de andar a pé e não de carro, certamente boa parte dos problemas seria solucionado. Quem planeja e toma as decisões costuma perceber a cidade pela janela do automóvel”, disparou.

Na avaliação de Marques, existe pouca infraestrutura construída para os pedestres. Ele menciona como exemplo a falta de calçadas. Segundo o especialista, nos casos em que existem mecanismos de segurança, a distância é um fator que tem atrapalhado. “As passagens subterrâneas do Eixão estão a 700 metros uma das outras e são inseguras. O Código Brasileiro de Trânsito diz que o cidadão é obrigado a usar uma faixa de pedestres se estiver a 50 metros de distância do ponto onde ela está. Nesses casos, as pessoas preferem se expor ao risco das pistas porque podem ser socorridas.”









Críticas de todos os lados

O especialista Pere Olivella se surpreendeu com a ausência de patrulhas nas rodovias que cortam o DF. “A presença da polícia nas ruas é imprescindível. Para efeitos de segurança e de fiscalização”, frisa. Em rodovias distritais, o monitoramento é função do DER. O diretor do órgão, Fauzi Nacfur, garante que novos radares devem ter instalados em breve nas estradas.

Este ano, 156 pessoas morreram em 140 acidentes no DF. Os problemas detectados pelo espanhol são percebidos facilmente por quem utiliza todos os dias as vias locais. A auxiliar de administração Bruna Almeida, 25 anos, moradora de Samambaia, não poupa críticas ao sistema de transporte coletivo. “É caótico, o preço é abusivo e o serviço, de péssima qualidade. Por isso tem tantos carros nas ruas”.

Como motorista, o servidor público Luís Moura, 39 anos, que reside no Guará, concorda e vai mais além. Diz perceber que os condutores brasilienses estão mais imprudentes e cada vez respeitando menos os pedestres “Isso é reflexo da falta de investimento na fiscalização”, acredita.

FONTE:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2011/07/07/interna_cidadesdf,260064/especialista-mundial-de-transito-vem-a-brasilia-e-se-assusta-com-o-que-ve.shtml


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Aconteceu em Fortuna de Minas, MG.

Olha só que notícia boa...!Os protetores de animais comemoram!
Moradores libertam pássaros que viviam presos em gaiolas em MG
Em Fortuna de Minas, pássaros dos mais variados tipos como joão-de-barro, pica-pau e beija-flor se misturam e passam a viver livres das gaiolas.

Rosane Marchetti
Fortuna de Minas

Quanto carinho, quanto afeto e dedicação com os animais. Mas, nesse mundo de afeições mútuas, nem tudo é perfeito. Os animais que, muitas vezes, preenchem o vazio afetivo de seus donos são vítimas de maus-tratos, do tráfico, do abandono e condenados a trabalhar até não aguentar mais. Mas, espalhado pelo Brasil, há um exército de homens e mulheres que erguem a voz e vão à luta contra a indiferença, e é isso que faz a diferença.
Fortuna de Minas, a 100 quilômetros de Belo Horizonte, é uma cidade linda, bem pequena. Tem menos de três mil habitantes. Todo o mundo se conhece e sabe das alegrias, tristezas e até das inquietações do outro.
Um dia, um de seus moradores olhou para o céu, para as árvores, e percebeu que estavam vazios. Ficou em silêncio, mas não ouviu o canto dos pássaros que gostava de escutar desde pequeno. Os trinca-ferros, papa-capina e canários da terra não voavam mais por Fortuna de Minas.
Eles haviam sido caçados ou aprisionados em gaiolas. O gerente de agência Washington Moreira Filho não se conformou. Queria, de novo, ouvir o canto dos pássaros e começou a abrir as gaiolas. “O meu sonho inicial era ver essa praça cheia de canários e Fortuna cheia de canários”, relata.
A pedagoga Aparecida Negreiros, que mora no Rio de Janeiro, também sonhava com a liberdade. Queria criar uma área de proteção onde os animais pudessem de novo viver em liberdade. “Minha família estava tudo bem, meus filhos, minha casa, mas alguma coisa maior faltava. E foi aí que eu comecei a me engajar cada vez mais na defesa e na luta pelos animais”, conta.
Há quatro anos, Washington Moreira Filho resolveu que já era hora de realizar seu sonho. Começou, então, uma campanha para convencer os moradores de Fortuna de Minas a abrir as gaiolas. “Não foi tão difícil assim convencer o pessoal na época, porque parece que todos já tinham essa ideia, mas é aquela coisa, você ter um pássaro preso em casa e você gostaria muito de vê-lo livre. Deu-se a entender que todos tinham a mesma ideia, porque foi um casamento perfeito”, explica o gerente.
A polícia passou a fiscalizar, e até as crianças entraram na campanha. “Um dia, achei um filhote de passarinho machucado. Aí, botei ele na árvore para a mãe pegar ele”, conta a estudante Maria Eduarda.
A cada mês, a cada semana, um morador se juntava a Washington e abria as gaiolas, como o carpinteiro José de Morais, conhecido como Seu Zé, de 85 anos, que chegou a ter 18 passarinhos presos.
A oficina de marcenaria do Seu Zé funciona há 40 anos em Fortuna de Minas. E tudo permanece praticamente igual. Ou melhor, quase tudo. O Seu Zé, por exemplo, não fabrica mais esses alçapões que eram usados para capturar as aves silvestres, aves que saiam da cidade para dentro das gaiolas.
Até que, um dia, o Seu Zé resolveu libertar as aves presas que estavam dentro da oficina. “Ninguém quer ficar preso. O canto é bonito. Estou orgulhoso de ter uma vida desse jeito, e eles também,. Os passarinhos também querem viver tranquilos”, relata.
Só não foram liberados os pássaros que já nasceram em cativeiro. E basta uma caminhada por Fortuna de Minas para perceber que, depois de quatro anos, a campanha de Washington deu frutos, ou melhor, penas.

Os passarinhos estão por toda parte. Os mais numerosos são os canários da terra, ou canários chapinha, que tinham desaparecido. Os machos são mais amarelinhos que as fêmeas. Agora, eles já se misturam a outros pássaros comuns na região, como o joão-de-barro , pica-pau. beija-flor.

E não é que a cidade, além do canto dos pássaros, ganhou outra alternativa de renda com o comércio de casas pré-fabricadas para passarinho. Um grupo de artesãos passou a construir ninhos para vender. São iguais aos do joão-de-barro. Os canarinhos adoram se hospedar neles.
A artesã Elizabeth Ribeiro conta como aprendeu a construir a casinha de joão-de-barro. “Eu fico feliz, que eu sei que eu estou ajudando a natureza. E isso é muito importante para época que nós estamos vivendo”, explica.
O pedreiro Wanderley da Silva já comprou três ninhos. Ele também já teve passarinhos presos. Agora, prefere vê-los cantando no terraço, livres para ficar o tempo que quiserem. “É morador, já rodou os três ninhos aqui já. Ele já chocou nas três casas, já três vezes, já foram três remessas de filhotes”, revela. Para ele, passarinho preso nunca mais. “Espero, com certeza, que outras cidades possam aderir a esse projeto e levar isso adiante porque o futuro está nisso daí, a natureza precisa da gente”, conclui.
No município de Rio Claro, no Rio de Janeiro, uma revoada de pássaros enche de sons a mata silenciosa. Mais do que um lugar bonito, esse é o caminho para a liberdade. Animais silvestres apreendidos com traficantes começam o retorno à natureza.
A fazenda de 140 hectares, que no passado produzia café, hoje tem outra riqueza: por meio de um convênio com o Ibama foi transformada na primeira área para soltar animais que, um dia, foram roubados da natureza.

Por trás disso tudo, está a mão de Aparecida Negreiros. Com os filhos criados, ela vive com o marido Ricardo e com os os cachorros Juju, de 12 anos, Julie, de 6, Gigi, de 5, Francisco, de 2, e a princesa Catarina, a bebê, que também foi resgatada das ruas.
Aparecida é uma lutadora incansável na defesa dos animais. Ela aposta na educação como uma das principais armas, aproveita a experiência de professora e dá palestras em escolas. Sua aluna Sara Pereira da Costa, de 11 anos, conta que já aprendeu algumas lições. “Que a gente não deve maltratar os animais, do que eles fizeram com os papagaios, os macacos, eles prendem põem numa gaiola fechada que não tem sentido”, diz.
Foi Aparecida que procurou o Ibama e os donos da fazenda São Benedito, em Rio Claro, para a criação do espaço de soltura de animais silvestres, um lugar com mata recuperada e água muito limpa.
“Eu acho que o maior retorno para todos os seres do planeta é a floresta em pé. Eu acho que é a água e é a preservação da vida em todas as formas”, relata a psicopedagoga Daniella de Mello e Souza.
Os animais apreendidos pelo Ibama, no estado do Rio, são levados para o Centro de Triagem de animais silvestres em Seropédica, na Região Metropolitana do Rio.
A equipe do Globo Repórter ficou frente a frente com a maldade que envolve o comércio ilegal de animais silvestres. É triste olhar para eles, seu jeito, suas expressões, comportamento. E o pior é saber que a maioria jamais poderá voltar à natureza. A vida em cativeiro tirou deles o instinto de sobrevivência. São dóceis e desaprenderam a procurar comida.
No dia em que a equipe do Globo Repórter gravou, havia 1.500 animais. Mas, toda hora, chegam policiais trazendo caixas e gaiolas com animais resgatados. Em um carro, vêm dezenas de passarinhos apreendidos em uma feira-livre. Entre eles, canários-da-terra, aqueles que Washington tanto lutou para libertar, em Fortuna de Minas.
Alguns pássaros estão ameaçados de extinção, como a cigarrinha-verdadeira. O trinca-ferro tem uma anilha falsificada, um anel na pata, que é posto no passarinho quando sua criação em cativeiro é autorizada pelo Ibama.
“Quando você coloca esse anel no pé do bicho ele é definitivo e inviolável. Ele é colocado em dias de vida do pássaro. O pássaro tem uma semana de vida e ele é colocado. Depois ele cresce, cresce o pé, engrossa o tarso e, aí a anilha não sai e ela não pode ser violada”, conta Vinicius.

As araras canindé serão libertadas em sua região de origem, nos limites do cerrado com a Floresta Amazônica. Mas, antes, precisam se exercitar, reaprender a voar. Aparecida acompanha a reabilitação bem de perto.
Começa agora um dos momentos mais importantes para essa ave que já foi tratada no Centro de Triagem. É o primeiro voo de volta à liberdade. Dentro de mais ou menos dois meses, terão músculos e asas fortes e estarão prontas para o retorno à vida silvestre.
Mas não é fácil, especialmente com mamíferos. O mão pelada, que vivia em cativeiro, ficou muito domesticado. Junto com cerca de 200 pássaros, ele vai ser levado para a reserva de Rio Claro, para readaptação à mata.
Chega o dia especial, uma viagem de muita expectativa. Dentro das gaiolas, vão animais que terão uma outra chance. E, no coração deles, vai a esperança de que tudo dê certo. De repente, nossos olhos se enchem. Aparecida relata o que sente naquele momento. “Eu acho que é a presença de deus. É isso que eu sinto’.

A repórter Rosane Marchetti não resiste e fica tentando localizar cada um dos passarinhos, ver as reações que eles têm. Muitos ficam por perto, porque estranham a liberdade. O tiê sangue parece desconfiado. Mas os responsáveis pela soltura puseram frutas nas árvores. E, assim, será até que os pássaros tenham tempo para se adaptar. O que parece que não vai demorar.
A tarde vai caindo na fazenda. E o cachorro do mato espera. Ele também vai começar esta noite uma nova vida. Passou dois meses no viveiro junto à mata, para se readaptar.
Mas o coração de quem gosta de bicho fica inquieto, porque sabe que, até hoje, fizeram tudo de errado com ele. Foi retirado da vida silvestre, levado para uma casa, até ser entregue ao Ibama. Agora, mais uma vez, deve mudar de vida.
O analista ambiental Daniel Neves, do Ibama, conta que o animal vai encontrar outros da espécie dele morando lá, como já teve vestígios de outros da espécie dele que vieram visitá-lo no local em que estava. “Vieram sondar para ver quem era, fazer o reconhecimento do ser novo que estava aqui nessa área”, diz.

A porta é aberta, e cachorro do mato pega o rumo, mas hesita, olha para trás e, depois, anda até sumir na floresta.
O viveiro agora servirá ao mão pelada na tentativa de readaptação. Mas só vai ser solto se tiver condições de sobreviver. Caso contrário, vai para um zoológico. E os protetores partem. Sabem que fizeram sua parte. Agora é o destino que vai se encarregar dos que devem ser livres.

Fonte:http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2011/07/moradores-libertam-passaros-que-viviam-presos-em-gaiolas-em-mg.html

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INFELIZMENTE A NOTÍCIA NÃO SE CONFIRMOU...MAS TÁ AÍ UMA NOTÍCIA QUE A GENTE IA ADORAR VER NOS JORNAIS...me lembro do Mandela que ficou 27 anos preso...quantos e quantas ainda vão sofrer pela liberdade?Faltam respostas e sobram reticências!(...)


Iraniana Sakineh é libertada, anuncia comitê contra a lapidação

France Presse

Publicação: 09/12/2010 17:06 Atualização: 09/12/2010 19:29


Berlim - A iraniana Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada a morrer apedrejada, foi libertada, assim como o filho e o advogado, afirmou à AFP o comitê contra o apedrejamento, com sede na Alemanha.
"Recebemos do Irã a informação de que estão livres", disse à AFP Mina Ahadi, porta-voz do comitê. "Esperamos ainda a confirmação. Aparentemente, esta noite há um programa que deve ser exibido na televisão e aí saberemos 100%. Mas, sim, ouvimos que está livre e também seu filho e seu advogado", disse Ahadi.
O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, manifestou satisfação com a notícia da libertação de Sakineh e assegurou que este é "um grande dia para os direitos humanos".
O chanceler italiano destacou, no entanto, que "está verificando" a informação, divulgada pelo comitê. "O Irã cumpriu um gesto de clemência e compreensão e o fez no pleno exercício das prerrogativas de um Estado soberano", acrescentou o chanceler italiano, que espera que com isto se abra uma etapa de "diálogo com o Irá sobre os direitos humanos".
Mohammadi-Ashtiani foi condenada à morte por dois tribunais diferentes em 2006 pelo envolvimento no assassinato do marido. Em 2007, a pena pelo assassinato foi reduzida, em apelação, a 10 anos de prisão, mas a sentença a morrer apedrejada por adultério foi confirmada no mesmo ano por outra corte de apelação.
A revelação do caso, em julho passado, por associações de direitos humanos, causou uma forte mobilização no Ocidente, onde muitos países e personalidades pediram que a sentença não fosse aplicada.



Dicas de onde passear em Porto Alegre:

Casa de Cultura Mário Quintana (centro)
Bric da Redenção (Parque da Redenção)
Caminhar em Ipanema, na beira do Rio Guaíba
Caminhar na Rua da Praia (centro)
Comer massas no restaurante Via Veneto
Bater papo e curtir uma batida no Bat Bat (Ipanema)
Visitar o Museu Iberê Camargo
Tomar capuccino no Café do Margs (Centro)

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ADORO viajar, pena que não tenho ainda a oportunidade de fazer muitas que planejo em minha mente e em meu coração.O que não me impede de tirar o melhor proveito possível das poucas que faço.
Adoro também fotografar e acredito que os lugares mais bonitos do mundo estão em muitas das fotos que tirei, pena que grande parte delas não seja digital e portanto não podem ser compartilhadas no blog sem alguma perda de qualidade na resolução.
Dentro do possível, nessa página do blog disponibilizarei dicas de viagem e algumas das muitas fotos bonitas que tirei por aí.Embarquem nessa e...
boa viagem!!!
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Meu amigo André me pergunta se deixo Brasília.
A resposta é não, André, meu corpo continua lá...deixar fisicamente uma cidade não é nada...duro é quando nossa alma parte e só o corpo fica.
Meu coração, que não é tão duro quanto a concreta dureza da Nova Velha Capital, de tão mole partiu-se, e finalmente partiu, querendo seguir minha alma, a vagar perdida, como já disse, nos mal-tratados campos de minha esperança.
Bjo grande, André, a gente se encontra nas esquinas que a gente cria, por falta absoluta delas.
Patricia Mich
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Olha aí o link para a minha música preferida!!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=WIOVyMoVpwc&feature=email


PORTO ALEGRE QUE SAUDADES!